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quinta-feira, 26 de março de 2009

O país da corrupção

topo  Saiba como os políticos corruptos estão roubando o nosso dinheiro.
O Brasil e as falcatruas têm uma história em comum. Já na primeira carta escrita, Pero Vaz de Caminha - caso os livros de História não estejam equivocados, é óbvio -, solicitava junto a Dom Manuel, Imperador português, um emprego para o seu querido sobrinho. Estava instituído, no Brasil, o nepotismo. Depois surgiriam outras malversações públicas, o peculato, a concussão e tantos e tantos delitos em nome do sagrado dinheiro do contribuinte contra, é natural, a vontade deste.

A independência brasileira teve como modus operandi aquela encenação às margens do Ipiranga, um pequeno córrego localizado no bairro do Ipiranga, na capital paulista, com aquele famoso grito de "Independência ou morte", saído da garganta de Dom Pedro. Tudo não passou de uma mise-en-scene, bem à francesa. Na verdade, Dom Pedro fez uma negociata com a Coroa Portuguesa para assumir uma dívida desta, calculada em dois milhões de libras esterlinas, junto à Coroa Inglesa da época.  Nossa independência, portanto, foi comprada. E por libras esterlinas.

Hoje, séculos depois, a corrupção passou a ser, de forma ainda mais sistemática, mania nacional. A roubalheira acontece sob várias formas, seja na iniciativa privada, seja na privada da política, em que se transformou o Brasil num paraíso da balbúrdia e da descaração no uso dos recursos públicos.
Pedro Simon já disse que o Senado brasileiro é um grande prostíbulo. Não é só o Senado, não. Uma boa parte dos órgãos públicos deste País, no Executivo, no Legislativo e no Judiciário, está nas mãos de corruptos, de negligentes, de espertos por natureza.

O toma-lá-dá-cá, que acontece sob diversos mecanismos, dizem os especialistas, está enraizado no chamado Brasil informal, que é duas vezes maior do que o Brasil formal. Ou seja, o Brasil da corrupção dá dois Brasis legais. Ou mais do que isso, é bem provável. Sou leigo em economia, mas não burro in totum.
Uma das modalidades de roubo está nas licitações e concorrências públicas, em que os gestores e as gestoras compram e contratam serviços de uma mesma empresa - com o uso de duas "laranjas" para "esquentar" o negócio - geralmente aquela que financiou a campanha eleitoral, em que os envelopes são viciados com propostas desta que apresenta CNJPs diferentes, e, em muitos casos, até o mesmo CNPJ.
Geralmente isso ocorre quando o governante ou a governante conta com maioria na Câmara de Vereadores, na Assembléia Legislativa ou no Congresso Nacional.

Quando o governante ou a governante não tem maioria, o que ele ou ela faz?  Institui o chamado estado de emergência ou de calamidade pública, sem qualquer justificativa que possa endossá-lo, mas baseado simplesmente na certeza de que as leis brasileiras existem para ser desrespeitadas com toda desfaçatez e a lógica de que a impunidade anda a galope, para comprar e contratar sem licitação, e, portanto, para tirar de volta o dinheiro investido na campanha eleitoral e para fazer caixa 2, visando os próximos embates eleitorais; e, é evidente - que ninguém é de ferro! - para se enriquecer também.  "Enriquecer sim, porém perder a ternura jamais", diriam os Ches à brasileira, capitalistas selvagens e capitães da corrupção, já bem adaptados às maracutaias tupiniquins.

Criatividade é o que não falta para esses corruptos que estão na política.  Sempre eles inventam um jeito novo de roubar o dinheiro público, portanto o nosso dinheiro que colocamos lá no cofre com impostos recolhidos religiosamente.

Joelmir Betting, analista econômico, disse certa vez que o Brasil só não vai para o buraco porque é maior do que o buraco.  Mas calma, Joelmir: os nossos políticos são esforçados e estão cavando um buraco que seja grande o suficiente para jogar o Brasil nele.  Eles estão tentando. E elas também.

Acredite numa coisa: na política ninguém é santo.  Quem poderia imaginar, por exemplo, que integrantes de partidos de esquerda estariam um dia envolvidos com os mensalões da vida, com os cartões corporativos do privilégio e com tantos dólares na cueca?  E corrupção, e isso precisa ficar bem claro, é prato cheio nos partidos da direita conservadora, vil e nefasta, que estão roubando o País há séculos, mudando-se apenas siglas e rótulos.

É por isso que os políticos estão cada vez mais ricos e os eleitores cada vez mais pobres. Trata-se de uma pirâmide injusta, mordaz, ascendente. Ela não recua um milímetro sequer. É absolutamente pragmática.
E os políticos sempre apostam numa realidade que acaba se confirmando a cada eleição: o dinheiro roubado dos cofres públicos serve para comprar votos na próxima eleição. E não é coincidência: quem rouba mais, hein, doutor!, acaba se elegendo no final das contas.  Quem rouba mais, se elege e ainda chama o adversário de ladrão. É tudo estratégia para se manter o chamado status quo.  Conclusão: o político corrupto compra votos porque há eleitores que se vendem com muita facilidade a cada eleição.

E para mudar esse círculo vicioso?  Educação. Só que educação é um privilégio dos ricos, com raras exceções. O filho do rico estuda em boas escolas particulares e depois vai para a universidade pública, enquanto o filho do pobre perde tempo na escola pública, que é de péssima qualidade, e dificilmente chega à universidade. Os gráficos estão aí para mostrar isso com muita clareza. Não é mera opinião. É, sim, a dura realidade.

Educar o povo significaria pôr essa boquinha (Brasil da Corrupção S/A) em risco. Ou seja, primeiro pirão no meu prato.  É por isso que o governo finge que oferece educação. E o brasileiro finge que estuda. Estamos fabricando gerações e mais gerações de ignóbeis. Gerações e mais gerações perdidas, inaptas, imponderáveis, obsoletas.

Somos, pois, analfabetos. Pior: somos analfabetos políticos porque contribuímos para a perpetuação desta triste realidade brasileira. Todos nós. Inclusive eu e você.  A nossa parcela de culpa é evidente. Ela é o nosso legado para as futuras gerações.

Cassilândia Jornal - 26 Anos

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