Lula em reunião ministerial em 12 de agosto de 2005 fala sobre o Mensalão: ..."Eu me sinto traído por práticas inaceitáveis. Indignado pelas revelações que chocam o país, e sobre as quais eu não tinha qualquer conhecimento"..."Não tenho nenhuma vergonha de dizer que nós temos de pedir desculpas. O PT tem de pedir desculpas. O governo, onde errou, precisa pedir desculpas"...[1]
No dia 14 de maio de 2005, aconteceu a divulgação pela imprensa de uma gravação de vídeo na qual o ex Chefe do DECAM/ECT,
Maurício Marinho, solicitava e também recebia vantagem indevida para ilicitamente beneficiar um falso empresário - na realidade o advogado curitibano
Joel Santos Filho, o
denunciante da corrupção, que para colher prova material do crime, faz-se passar por empresário - interessado em negociar com os Correios. Na negociação então estabelecida com o falso empresário,
Maurício Marinho expôs, com riqueza de detalhes, o esquema de corrupção de agentes públicos existente naquela empresa pública, conforme se depreende da leitura da reportagem divulgada na revista Veja, com a capa
"O vídeo da corrupção em Brasília", Edição de 18 de maio de 2005, com a matéria “O Homem Chave do PTB”, referindo-se a
Roberto Jefferson, o homem por trás do esquema naquela estatal.
Segundo o
Procurador Geral da República, Antonio Fernando Barros e Silva de Souza, na Denúncia Oficial que apresentou e foi acolhida pelo
Supremo Tribunal Federal[27], o ex Deputado Federal
Roberto Jefferson, então Presidente do PTB, acuado, pois o esquema de corrupção e desvio de dinheiro público, com a divulgação do vídeo feito por
Joel Santos Filho estava focado, em um primeiro momento, em dirigentes dos Correios indicados pelo PTB, resultado de sua composição política com integrantes do Governo, divulgou, inicialmente pela imprensa, detalhes do esquema de corrupção de parlamentares, do qual fazia parte, esclarecendo que parlamentares que compunham a chamada "base aliada" recebiam, periodicamente, recursos do Partido dos Trabalhadores em razão do seu apoio ao Governo Federal, constituindo o que se denominou como "mensalão".
O
neologismo mensalão, popularizado pelo então deputado federal
Roberto Jefferson em entrevista que deu ressonância nacional ao escândalo, é uma variante da palavra "mensalidade" usada para se referir a uma suposta "mesada" paga a
deputados para votarem a favor de projetos de interesse do
Poder Executivo. Segundo o deputado, o termo já era comum nos bastidores da política entre os parlamentares para designar essa prática ilegal. Jefferson acusou o então Ministro da Casa Civil
José Dirceu de ser o mentor do esquema.
A palavra "mensalão" foi então adotada pela mídia para se referir ao caso. A primeira vez que a palavra foi grafada em um veículo de comunicação de grande reputação nacional ocorreu no
jornal Folha de S.Paulo, na matéria do dia
6 de junho de
2005. A palavra, tal como ela é, foi utilizada também na mídia internacional sempre acompanhada de uma pseudo-tradução. Em
espanhol já foi traduzida como
"mensalón" e em
inglês como
"big monthly allowance" (grande pagamento mensal) e "
vote-buying" (
compra de votos).
Entre
22 a
27 de agosto de
2007, o
Supremo Tribunal Federal (STF), o tribunal máximo do
Brasil, iniciou o julgamento dos quarenta nomes denunciados em
11 de abril de
2006pelo
Procurador Geral da República em crimes como
formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, gestão fraudulenta e evasão de divisas. O
STF recebeu praticamente todas as denúncias feitas contra cada um dos acusados, o que os fez passar da condição de denunciados à condição de
réus no processo criminal, devendo defender-se das acusações que lhes foram imputadas perante a Justiça e, posteriormente, devendo ser julgados pelo
STF. No dia
14 de setembro de
2005, o mandato de Jefferson, o delator do esquema, foi cassado, perdendo seus direitos políticos por oito anos. Em 1 de dezembro de 2005 foi a vez de
José Dirceu ter seu mandato de Deputado Federal cassado pela Câmara dos Deputados
[2]; enquanto, os deputados acusados que conseguiram se reeleger nas eleições de
1º de outubro de
2006, poderão enfrentar mais um processo de perda de mandato.
Em 2011, já depois do fim dos dois mandatos do presidente Lula, relatório final da Polícia Federal confirmou a existência do mensalão.
[5] O documento de 332 páginas foi a mais importante peça produzida pelo governo federal para provar o esquema de desvio de dinheiro público e uso para a compra de apoio político no Congresso durante o Governo Lula.
[6]Dias depois, o real relatório veio à público
[7] mostrando que o documento não se tratava de um relatório final da Polícia Federal e sim uma investigação complementar feita a pedido do Ministério Público cujo objetivo era mapear as fontes de financiamento do valerioduto, e que o documento não comprovara a existência do "mensalão"
[8].
José Dirceu foi o
Ministro-chefe da Casa Civil do governo Lula. Ele foi afastado depois de Roberto Jefferson denunciar que Dirceu era o coordenador de um esquema ilegal de pagamentos mensais para congressistas.
O desenrolar das investigações e das
CPIs chamou a atenção para outros escândalos que envolveram o partido do governo brasileiro em
2005, o
Partido dos Trabalhadores (PT), e eclodiram antes do aparecimento das primeiras grandes denúncias sobre a existência do
mensalão.
Dois inquéritos foram conduzidos. O primeiro, de abril de 2002, concluíra por sequestro comum, uma casualidade. Um segundo inquérito, conduzido pela Dra Elizabete Sato, indicada pelo então Secretário Saulo de Abreu, aberto no segundo semestre de 2005, novamente levou à tese de crime comum. O inquérito, com data de
26 de Setembro de
2006, é anterior ao primeiro turno das eleições presidenciais. Sua repercussão na
mídia só se deu no final de novembro de 2006.
Por conseguinte, a crise do mensalão envolveu não somente o
escândalo provocado pela denúncia de compra de votos (o mensalão, propriamente dito), mas todos esses escândalos juntos, que de alguma forma ou de outra se relacionam. Um dos elementos que ligam esses outros eventos com o mensalão, são as acusações de que em todos eles foram montados esquemas clandestinos de arrecadação financeira para o PT. O dinheiro oriundo desses esquemas, pelo menos em parte, poderia ter sido usado para financiar o mensalão. Agora essa hipótese, ao menos em tese, se choca com a descoberta, em julho de 2008, de que o
Banco Opportunity foi uma das principais fontes de recursos do mensalão: as investigações da
Polícia Federal apontaram que empresas de telefonia privatizadas, então controladas pelo banqueiro
Daniel Dantas, injetaram mais de R$ 127 milhões nas contas da
DNA Propaganda, administrada por
Marcos Valério, o que alimentava o caixa do
Valerioduto.
[3][4]
[editar]Pontos de vista
De um modo geral, os governistas e aliados alegam que nada foi provado sobre a existência do mensalão. Os oposicionistas retrucam que não há como ter "recibo" para o mensalão e que as evidências que apareceram até o momento são provas suficientes.
[carece de fontes]
A oposição fez um jogo duro, não dando trégua nenhuma na esperança de enfraquecer Lula e derrotá-lo nas eleições presidenciais de outubro de
2006. Contudo, ao mesmo tempo procurou preservar e evitar, através de um processo de impeachment, o fim abrupto do governo Lula.
[carece de fontes]
[editar]Pontos de vista do Partido dos Trabalhadores
O atual governo e os aliados tentaram pôr fim nas CPI's e investigações ao mesmo tempo que queriam também investigar o governo anterior de
FHC (do
PSDB), alegando que houve compra de votos durante a votação para a emenda da Constituição que permitiu a reeleição de Fernando Henrique.
[carece de fontes]
O PT e partidos aliados governistas acusaram alguns membros da oposição de receber
caixa 2 durante as eleições. O caso mais famoso é o do Senador mineiro
Eduardo Azeredo, do
PSDB, principal protagonista do
Mensalão tucano. Azeredo teve seu nome divulgado como recebedor de pagamentos de Marcos Valério. Acuado, confessou ter recebido os famosos "recursos não contabilizados" - eufemismo para caixa-dois introduzido pelo então ministro da justiça do governo Lula,
Márcio Thomaz Bastos - para a sua campanha ao governo de Minas em 1998, mas culpou seu coordenador de campanha Marcos Mourão pelo ocorrido. Em entrevista ao Jornal Folha de São Paulo, retrucou: "eventuais irregularidades no processo de campanha eleitoral" não podem ser confundidos com "outra coisa, mais grave e hedionda" que seria o pagamento de mesada por um governo a parlamentares para votarem em seu favor.
[carece de fontes]
De forma geral, a direção e as pessoas do
Partido dos Trabalhadores (PT) envolvidas no escândalo, no início da crise, disseram que todas as denúncias eram falsas e criadas por inimigos políticos, com o intuito de prejudicar o partido e o governo do Presidente
Luiz Inácio Lula da Silva. Com o aparecimento de documentos e testemunhas que corroboravam as denúncias, o PT passou a defender a tese de que não houve pagamentos de propinas a deputados, mas acertos de campanhas com empréstimos feitos pelo então tesoureiro
Delúbio Soares junto ao empresário
Marcos Valério, não declarados à Justiça Eleitoral, e que os detalhes dos acertos eram desconhecidos dos outros integrantes do partido, inclusive da direção.
[carece de fontes]
Logo depois da entrevista de Roberto Jefferson para a Folha de S. Paulo em que ele denunciou o mensalão, o Partido dos Trabalhadores (PT) e o tesoureiro Delúbio Soares reagiram negando todas as acusações.
[carece de fontes]
Ainda que uma minoria dos integrantes do partido defendessem o afastamento do tesoureiro
Delúbio Soares, acusado por Jefferson de participar do esquema do mensalão, a maioria da direção nacional do PT decidiu pela permanência dele no cargo.
[9]
Reportagem da Folha de S. Paulo do dia 8 de junho, dois dias depois da publicação da denúnica de Jefferson, trouxe a seguinte declaração de Delúbio:
O governo tem feito um combate implacável à corrupção no país. Nesses mais de 30 anos de militância política, não acumulei vantagens. Coloco à disposição da Justiça meus sigilos fiscal e bancário. Não me prejulgue por uma versão de chantagem. Estou muito indignado com o que foi dito a respeito da minha pessoa, do nosso partido. O PT não participa de compra de votos nem de apoio de deputados.
[10]
O então Presidente do PT,
José Genoíno defendeu a permanência de Delúbio Soares e emitiu a seguinte opinião sobre a denúncia: "É uma denúncia falsa, mentirosa. Nós confiamos nos dirigentes do partido." Genoíno disse que as denúncias eram "infundadas, inverídicas e estapafúrdias" e que o partido apoiaria a instauração da CPI dos Correios.
[11]
No dia 13 de junho, o deputado federal Professor Luizinho (PT-SP), uma das principais lideranças do PT, disse a respeito das denúncias: "O Roberto Jefferson está construindo uma nova parte de sua peça de teatro, mas precisa de fatos. Qualquer pessoa que acusa precisa de provas, ou então vira um circo".
[28]
No início de julho, Delúbio Soares, durante a posse da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) discursou por meia hora, chorou três vezes e disse: "Se deixarmos, a direita vai querer fazer o impeachment do presidente". O tesoureiro reafirmou que "o PT não compra deputado, o PT não compra voto" e que os veículos de comunicação "trabalham a favor dos interesses dos setores conservadores que querem voltar ao poder" e "querem fazer o impeachment do Presidente Lula".
[12]
No dia 9 de julho foi preso em São Paulo o assessor parlamentar do PT José Adalberto Vieira da Silva, 39, com R$ 200 mil em uma valise e US$ 100 mil escondidos na cueca. Inicialmente Vieira disse aos policiais que o dinheiro tinha sido obtido com a venda de verduras. Mais tarde apresentou outras versões para explicar a origem do dinheiro.
[13]
O Presidente do PT José Genoíno, sob o impacto da prisão de Vieira - que era assessor do deputado estadual José Nobre Guimarães, irmão de Genoíno - renunciou. Na sua saída Genoíno declarou: "Nós do PT não praticamos irregularidades. O PT não compra nem paga deputados. A divisão no partido é só de idéias. Não é entre bons e maus"
[14]
Em 6 de julho
Delúbio pediu afastamento do cargo de tesoureiro. Na carta que enviou à Executiva Nacional do partido, Delúbio Soares disse:
As investigações em andamento na administração e no Congresso Nacional voltam-se contra mim. Não temo, tenho a plena consciência de nunca haver transgredido os princípios éticos da prática política. Prova eloquente disso é meu reduzido patrimônio. Conduzi com seriedade e honestidade os assuntos financeiros do PT durante o tempo em que exerci a Secretaria de Finanças e Planejamento.[15]
Em 20 de julho de 2005, Delúbio Soares prestou depoimento para a CPI dos Correios e disse que movimentou recursos financeiros não declarados à Justica Eleitoral (conhecido no Brasil como "caixa 2") e que esses recursos foram usados para cobrir dívidas de campanhas do PT e dos partidos aliados. Delúbio disse que ele foi o único responsável por essas operações e que ninguém do partido, principalmente da direção, tinha conhecimento delas. Ele foi expulso do
Partido dos Trabalhadores. A expulsão foi aprovada por maioria de votos no Diretório Nacional.
[carece de fontes]
Delúbio também declarou que convenceu o empresário
Marcos Valério a avalizar dois empréstimos bancários do PT e a tomar emprestados em nome de suas empresas R$ 39 milhões, os quais foram depois repassados para o PT. Delúbio negou a existência do mensalão e explicou que o que houve foi uma transferência de recursos financeiros "não contabilizados" junto à Justiça Eleitoral entre políticos do PT e da base aliada.
[16][17][18]
[editar]Antecedentes
Roberto Jefferson foi o delator do esquema. Ele é um dos quarenta réus que aguardam julgamento no STF.
No dia
18 de setembro de
2004, sábado, chega às bancas do
Brasil a edição de número 1872 da
revista semanal
Veja,
[19] datada de
22 de setembro de 2004, quarta-feira, em cuja capa pode-se ler a manchete: "O escândalo da compra do PTB pelo PT. Saiu por 10 milhões de reais". Na página 44, o artigo "10 milhões de divergências" conta sobre que bases teria se assentado a
aliança entre o
Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e o
Partido dos Trabalhadores (PT). De acordo com o hebdomadário, o PT se comprometia a pagar a quantia de
R$ 150.000,00 a cada deputado federal do PTB, em troca do apoio dos
parlamentares petebistas ao Executivo. O não cumprimento da promessa teria provocado o rompimento entre os dois
partidos, o que veio a culminar com a série de denúncias de
corrupçãoalardeadas a partir de maio de 2005.
No dia
25 de setembro de
2004 o
Jornal do Brasil publica outra notícia que diz que o então Presidente da Câmara dos Deputados,
João Paulo Cunha (
PT-SP) teria se comprometido a investigar profundamente a denúncia. Segundo o jornal, o Presidente Nacional do
PPS,
Roberto Freire, comentou: "Este assunto circula há meses no Congresso sem que ninguém tenha a coragem de abordá-lo".
[22]
- Na Câmara dos Deputados, volta e meia circulam histórias sobre deputados que teriam vendido o voto por tantos mil reais. Ninguém conta a história até o fim, ninguém apura direito. As coisas ficam por isso mesmo, mas vai se cristalizando a imagem do Congresso como um mercado persa, onde tudo se compra e tudo se vende. Desde a semana passada, circulam boatos de que vários deputados teriam recebido dinheiro para engordar bancadas partidárias na Câmara. Por conta do troca-troca desenfreado que aconteceu nos primeiros dias do ano legislativo criou-se até a figura do ‘deputado pré-pago’[23]
No dia
14 de maio de 2005, sábado, chega às bancas do Brasil a edição número 1905 da Revista
Veja.
[24] Na página 54, a matéria "O homem-chave do PTB" traz a denúncia de um suposto esquema de corrupção na
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, o que valeu na capa da revista a seguinte manchete: "O vídeo da corrupção em Brasília".
O artigo descreve, com base em gravações feitas com uma
câmera escondida, um episódio em que o diretor do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios,
Maurício Marinho, parece explicar a dois empresários como funcionava um esquema de pagamentos de propina para fraudar
licitações na empresa e recebe um maço de notas.
A maleta usada na gravação.
Em função da suposição na época, da participação de agentes da
Abin na investigação da fraude nos Correios, suspeitou-se que foi o próprio governo quem comandou as investigações, com o objetivo de lograr desfazer-se de aliados indesejados sem arcar com o respectivo custo político.
[29]
Na realidade, Jairo Martins de Souza que havia sido agente da ABIN, foi apenas o locador da maleta com dispositivos apropriados usada na gravação. Mas o mesmo nunca esteve com
Maurício Marinho, não participou da decisão de realizar a gravação e só soube do conteúdo do vídeo após assistí-lo.
[30]
O vídeo foi gravado por
Joel Santos Filho, advogado curitibano, que fazendo-se passar por empresário interessado em participar de processos licitatórios nos Correios, extraiu de
Maurício Marinho explicações detalhadas de como funcionavam as fraudes nas licitações, os nomes de muitos envolvidos, além de filmar
Maurício Marinho recebendo e embolsando o que pensava ser um pequeno adiantamento de uma propina muito maior que viria.
[25] Joel Santos Filho nunca foi da ABIN, não era empresário, nem estava interessado em participar de licitações ali, apenas foi o delator do imenso esquema de corrupção, como restou comprovado.
[31]
Um acontecimento decisivo para a instalação da Comissão foi a manchete do
jornal paulistano Folha de S.Paulo de
3 de junho, sexta-feira: "Operação abafa da CPI custa R$ 400 mi".
[26] No artigo "Operação contra CPI envolve R$ 400 milhões em emendas",
[27] publicado na seção 'Brasil', o jornal denuncia que o governo estaria liberando a quantia acima na forma de
emendas ao orçamento, como moeda de troca para que o
Legislativo não fizesse nenhuma investigação.
Diante dessa denúncia, parte da base governista se juntou à oposição, defendendo a instalação da CPI. Acuado e abandonado pelos seus ex-aliados, Roberto Jefferson parte para o contra-ataque. No dia
6 de junho, segunda-feira, a mesma Folha de S. Paulo publica uma entrevista exclusiva com o deputado petebista, até então membro da base aliada do governo do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na entrevista dada para a então editora do
Painel da Folha,
[28] Renata Lo Prete, Jefferson conta que
Delúbio Soares, tesoureiro do PT (o mesmo partido do
presidente) pagava uma mensalidade de R$ 30 mil a alguns deputados do
Congresso Nacional brasileiro, para que eles votassem seguindo a orientação do bloco governista. Roberto Jefferson referiu-se a essa mensalidade como
mensalão. A palavra "mensalão" passa a significar a mensalidade paga a cada deputado e fica famosa em todo o País por causa da entrevista.
Segundo Jefferson, o operador do mensalão seria o empresário
Marcos Valério de Souza, cujas agências de publicidade SMP&B e DNA têm contractos de trabalho com muitos órgãos públicos. A divulgação da entrevista de Jefferson aprofunda a crise no governo brasileiro e o escândalo passa a ser conhecido como
escândalo do mensalão. Essa entrevista e seus desdobramentos acabam por derrubar o então ministro da Casa Civil de Lula,
José Dirceu, que volta a ser deputado. No seu lugar é nomeada Dilma Roussef, até então ministra de Minas e Energia.
Após a denúncia da operação de abafamento da CPI e da entrevista de Jefferson, a oposição, com apoio de deputados governistas, consegue finalmente instalar, a
9 de junho, a chamada "
CPMI dos Correios". O fato determinante, isto é, o objetivo da CPI, é segundo o seu requerimento de criação: "
investigar as causas e consequências de denúncias de atos delituosos praticados por agentes públicos nos Correios — Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos".
[29][30]
Tendo perdido essa batalha, o governo busca então conquistar postos-chave da CPMI dos Correios usando a maioria que detinha ainda no congresso. A Presidência e a Relatoria são ambas ocupadas por aliados do
Palácio do Planalto: o
senador Delcídio Amaral (PT-
MS) e o deputado federal
Osmar Serraglio (
PMDB-
PR), respectivamente. Entretanto, ambos adotam uma linha de relativa independência ao presidente Lula. Com o tempo, a CPMI começa a direcionar suas investigações para o "mensalão", praticamente deixando de lado a investigação da corrupção nos Correios, que seria o objetivo inicial.
O governo contra-ataca e propõe na Câmara dos Deputados a criação de uma nova CPI a fim de investigar a denúncia de compra de deputados (o mensalão), não só da gestão atual, mas de todas as denúncias de suborno de parlamentares, inclusive as denúncias de compra de votos para a emenda da reeleição do então presidente
Fernando Henrique Cardoso, durante seu primeiro mandato.
Após muita disputa, as lideranças da Câmara e do Senado chegam a um acordo para sua instalação, como uma Comissão Mista, em
20 de julho, com o nome oficial de: "CPMI da Compra de Votos", e tendo como fato determinante, de acordo com sua ata de abertura: "
apurar as denúncias de recebimento de quaisquer vantagens patrimoniais e/ou pecuniárias indevidas por membros do Congresso Nacional, com a finalidade de aprovar as matérias de interesse do Poder Executivo e, as acusações do mesmo teor nas deliberações da Proposta de Emenda à Constituição nº 01/1995, que dispõe sobre a reeleição para mandatos executivos".
[31]
Devido ao escândalo vários deputados envolvidos foram julgados pelo Conselho de Ética da Câmara Federal, com pedidos de cassação enviados para votação em plenário. Apenas
José Dirceu[32] e
Roberto Jefferson perderam seus mandatos e ficaram inelegíveis por 10 anos. Alguns deputados renunciaram antes para poder retornar à vida pública na eleição seguinte, fugindo de uma eventual punição, entre eles João Paulo Cunha, do PT de São Paulo. Outros foram absolvidos de punição política pelos seus pares.
[33]
[editar]Elementos do escândalo
[editar]Principais envolvidos
-
O escândalo do mensalão chama a atenção não só pela grande quantidade, mas pela variedade das pessoas envolvidas.
[editar]Principais empresas envolvidas
-
Uma quantidade enorme de empresas brasileiras públicas e privadas esteve envolvida no escândalo do mensalão, a imensa maioria suspeita de ter de alguma forma lucrado com a corrupção. As empresas envolvidas não se restrigem somente às brasileiras, sendo que estiveram envolvidas empresas multinacionais e estrangeiras.
[editar]Coincidências entre saques e votações
Documentos do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostram que entre julho e maio de 2003 foram feitos saques no valor de R$ 27 milhões das contas das empresas de
Marcos Valério, a maior parte do através do Banco Rural.
Segundo o deputado
Roberto Jefferson, o dinheiro do suposto mensalão vinha do
Banco Rural e do
Banco do Brasil. Documentos do
Coaf, do Banco Rural e da empresa do próprio Marcos Valério já confirmaram os saques do Banco Rural. No Banco do Brasil, o escândalo envolveu repasse antecipado de valores, a partir de contratos geridos pela sua Diretoria de Marketing e referentes à
Visanet.
Na tabela abaixo estão colocados lado a lado, a descrição de alguns dos saques e de algumas das principais votações no Congresso e Senado Federal Brasileiro. Parlamentares do PT também receberem valores no período, e sendo que em tese, estes não precisariam ser corrompidos para votar favoravelmente ao partido, isso poderia indicar um tráfego mais abrangente de recursos ilícitos pelo Congresso Nacional.
Saques no Banco Rural e Votações do Legislativo
Votação | Saque |
Reforma tributária aprovada na Câmara em 24 de setembro de 2003 | R$ 1,212 milhão em 23, 25 e 26 de setembro de 2003 |
Reforma tributária modificada no Senado em 17 de dezembro de 2003 | R$ 470 mil em 17 e 19 de dezembro de 2003 |
Medida Provisória (MP) do Salário mínimo aprovada na Câmara em 2 de junho de 2004 | R$ 500 mil |
MP do salário mínimo aprovada em 23 de junho de 2004 na Câmara após passar pelo Senado | R$ 200 mil |
Status de ministro para o presidente do Banco Central em 1 de dezembro de 2004 (Câmara) | R$ 480 mil em 29 e 30 de novembro de 2004 |
MP dos Bingos aprovada em 30 de março de 2004 (Câmara) | R$ 200 mil em 29 de março de 2004 |
Reforma da Previdência aprovada (primeiro turno, Câmara) em 5 de agosto de 2003 | R$ 200 mil em 6 de agosto de 2003 |
Reforma da Previdência aprovada (segundo turno, Câmara) em 27 de agosto de 2003 | R$ 200 mil entre 25 e 26 de agosto de 2003 |
Reforma da Previdência aprovada (Senado) em 26 de novembro de 2003 | R$ 400 mil em 26 e 27 de novembro de 2003 |
Reforma da Previdência aprovada (Senado, segundo turno) em 11 de dezembro 2003 | R$ 120 mil em 10 de dezembro de 2003 |
A prática do mensalão e das doações irregulares de campanha acabaram por causar reflexos também nas eleições municipais de 2004 onde vários candidatos petistas e dos partidos da base aliada foram municiados de recursos ilegais para a campanha. Um exemplo claro foi o que aconteceu na cidade de
Santana do Paraíso, onde o prefeito eleito pelo PT recebeu o apoio financeiro da campanha do deputado federal João Magno (PT), que concorria na cidade vizinha de
Ipatinga. João Magno, que é acusado de receber repasses do Mensalão, foi considerado culpado pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados mas, em plenário, foi absolvido pela maioria de seus pares. Durante a votação, a deputada
Ângela Guadagnin, do
PT de São Paulo comemorou a absolvição do colega com uma coreografia, fato que gerou enorme repercussão negativa por toda a mídia e indignação na população brasileira.
Na eleição de 1º de outubro de 2006, Ângela Guadagnin, João Magno e a filha de Roberto Jefferson, Cristiane Brasil, se candidataram a deputados em seus respectivos estados e nenhum deles foi eleito.
[editar]Desdobramentos
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-
Desde que os fatos do mensalão foram noticiados pela imprensa brasileira novos eventos ligados ao dito esquema de corrupção foram surgindo, diariamente.
Um importante desdobramento do escândalo foi a aprovação, por pressão pública, de uma
emenda constitucional, que reduziu o tempo dos
recessos parlamentares de 90 dias ao ano para o máximo de 55 dias, bem como estabelecendo que não haveria pagamentos extras por isto.
[35]
No dia 14 de setembro,
Roberto Jefferson em sua defesa no STF, disse que o "Mensalão nunca existiu. Não foi fato. Foi
retórica."
[36][37]
[editar]Outros mensalões
-
-
-
Em denúncia apresentada dia 22 de novembro de 2007 ao
Supremo Tribunal Federal, o Procurador Geral da República demonstrou que o esquema criminoso, que veio a ser chamado pela imprensa de "
valerioduto tucano", foi
"a origem e o laboratório" [38] do episódio que ficou conhecido como
Mensalão ou
Mensalão do PT.
"Com o aprofundamento da investigação desenvolvida no âmbito do Inquérito n.o 2245 (Mensalão), percebeu-se que o 'modus operandi' dos fatos criminosos ali apurados teve a sua origem no período da campanha para Governador do Estado de Minas Gerais no ano de 1998", disse o Procurado Geral
[38].
Eduardo Azeredo, um dos fundadores e presidente do
PSDB, por ocasião do escândalo do mensalão, foi denunciado como
“um dos principais mentores e principal beneficiário do esquema implantado” [38], com fundamento no Inquérito n.o 2280 que a instrui, por
"peculato e lavagem de dinheiro" [39]
-
- " Os elementos de convicção angariados ao longo da investigação revelam que, realmente, o esquema delituoso verificado no ano de 1998 foi a origem e o laboratório dos fatos descritos na denúncia já oferecida no Inquérito n.o 2245" (Mensalão), denunciou o Procurador Geral da República.[38].
Em novembro de
2009, novo caso de pagamento de mesadas a parlamentares chega a imprensa, com o vazamento de vídeos gravados durante a
Operação Caixa de Pandora, e outros dos anos de
2004 e
2006, em que deputados, assessores e representantes de empresas estatais e privadas aparecem dando ou recebendo dinheiro vivo. Os vídeos foram gravados por
Durval Barbosa, secretário de Relações Institucionais do governador do
Distrito Federal José Roberto Arruda (DEM). A investigação foi iniciada devido a um acordo de delação premiada feito por Barbosa com o Ministério Público e o Judiciário, recebendo na imprensa o nome de "
Mensalão do DEM". Barbosa também foi assessor do governador anterior,
Joaquim Roriz (PMDB), e responde a diversos processos desde aquela época.
[editar]Curiosidades
- A TV Senado e a TV Câmara, canais de televisão do Poder Legislativo brasileiro, registraram recordes de audiência depois do surgimento do escândalo. Em alguns dias, esses canais chegaram a rivalizar em audiência com canais comerciais e populares da televisão paga.
- A deputada Ângela Guadagnin, do PT comemorou com uma dança depois da absolvição de João Magno, também do PT. A dança foi apelidada de "Dança da Pizza" pelaimprensa. Atribui-se a isso sua não-reeleição para o cargo, apesar de também ter processos na justiça contra ela, sobre sua gestão como prefeita de São José dos Campos(1993-1996).
- No início da crise Marcos Valério negociava a instalação da filial de uma pizzaria numa hípica em Belo Horizonte, em que mantinha doze cavalos. Por causa do escândalo o negócio não foi feito e Valério transferiu seus cavalos para um haras.
A revista
Veja chegou a fazer matéria sobre todas as
piadas geradas pela crise. O programa
Pânico na TV criou "malas especiais para carregar mais dinheiro" e tentou colocar grande número de notas em uma cueca num de seus programas; o
Casseta & Planeta, que estava há anos dando pouca ênfase na política, criou "anedotas de mensalão" (tirada com "anedotas de salão", piadas "clássicas") e ridicularizou o fato de "Luís Inácio
Bussunda da Silva" não saber de nada; e sites como
Humortadela e
Charges.com.br chegaram a merecer matérias na Veja, de tantas paródias bem-sucedidas.
Palavras utilizadas ao longo da crise e de uso pouco comum fora do
Brasil.
- Acordão - usado para referir-se a acordos políticos clandestinos entre integrantes do partido do governo (PT), de seus aliados (PMDB) e da oposição (DEM, PDT, PSDB, PSB), a fim de controlar o rumo das investigações do escândalo e proteger determinados políticos, tanto da oposição quanto do governo.
- Caixa-Dois - recurso financeiro clandestino não declarado aos órgãos de fiscalização competentes (no caso de partidos políticos: a Justiça Eleitoral). O termo é fortemente associado a desvio de dinheiro público a empresas ou interesses privados, o que justificaria o custo e risco de se manter um "caixa dois".
- Cueca (ou Cuecão) - indumentária masculina. Em Portugal, "cueca" é tanto a peça íntima usada pelos homens e mulheres que a vestem. No Brasil, é mais conhecido como apenas a peça íntima usada pelos homens, já que calcinha é a peça íntima usada pelas mulheres. A peça íntima ficou bastante associada ao caso quando o assessor do irmão de José Genoíno foi flagrado num aeroporto transportando ilegamelmente dólares na cueca.
- Dança da Pizza ou Dança da Impunidade - apelido com conotação pejorativa referente à comemoração feita pela deputada petista Ângela Guadagnin quando do anúncio da absolvição de seu colega de partido, João Magno, em 23 de março de 2006.
- Mensalão - apareceu pela primeira vez nas declarações do deputado Roberto Jefferson para designar o susposto pagamento mensal feito para deputados. Com a descoberta de que alguns deputados recebiam recursos com uma certa regularidade, porém nem sempre mensal (semanal, quinzenal, diária, etc), o significado da palavra foi expandido e passou a designar pagamentos com uma certa regularidade para comprar deputados. Num sentido mais amplo pode significar todo pagamento feito a deputado com fins de suborno. A CPMI dos Correios definiu "mensalão" em seu relatório de 21 de dezembro de 2005 como: "Fundo de recursos utilizados, especialmente, para atendimento a interesses político-partidários". Algumas pessoas usam a palavra como sinônimo de "propina" ou "suborno".
- Pizza - gíria para designar que os culpados não serão punidos.
- Propina - em Portugal é a quantia que se paga ao Estado em certas escolas. Também pode significar "gorjeta". No Brasil, é mais lembrado o sentido pejorativos da palavra: "suborno", "pagamento feito a alguém para fazer algo geralmente ilegal ou antiético".
- Valerioduto (também Propinoduto) - aglutinação do nome próprio (Marcos Valério|Valério] + duto (ou valério + oleoduto) expressando o esquema de repasse de recursos financeiros operado pelo empresário Marcos Valério.
[editar]Informações adicionais
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Jefferson diz para Folha de São Paulo que PT pagava mesada de R$ 30 mil a parlamentares em troca de apoio, 6 de Junho, 2005 |
O jornal brasileiro Folha de São Paulo publicou uma matéria que relata que o deputado Roberto Jefferson, Presidente do PTB, partido aliado do governo brasileiro, disse em entrevista que o Partido dos Trabalhadores (PT) pagava uma mesada de R$ 30 mil a parlamentares. |
Duda Mendonça disse que dinheiro ilegal pagou a campanha de Lula, 11 de Agosto de 2005 |
Duda Mendonça, o publicitário responsável pela campanha do Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva admitiu que o custo da campanha de 2002 para a Presidência foi pago com dinheiro ilegal, oriundo de fundos não declarados (caixa 2) e de paraísos fiscais. A campanha de Lula e outras campanhas políticas do Partido dos Trabalhadore (PT) foram pagas com dinheiro ilegal, disse Duda. |
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Referências
- ↑ Lula diz se sentir traído e pede desculpas à nação UOL Últimas Notícias, 18 de agosto de 2005
- ↑ Câmara aprova cassação do mandato de José Dirceu. Folha Online, 1 de dezembro de 2005
- ↑ a b Operação da PF prende Celso Pitta, Naji Nahas e Daniel Dantas. Folha Online, 8 de julho de 2008, Atualizado às 9h36
- ↑ a b Quadrilha: Daniel Dantas e Naji Nahas comandavam organizações voltadas a crimes financeiros. O Globo Online, com agências, publicada em 8 de julho de 2008 às 19h08
- ↑ "Relatório da PF confirma mensalão no governo Lula", Agência Estado, 2/4/2011
- ↑ "Relatório da PF confirma denúncia do mensalão", Folha.com, 2/4/2011
- ↑ [1], CartaCapital, 07/04/2011
- ↑ [2] CartaCapital, 07/04/2011
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- ↑ http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u69497.shtml
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- ↑ (Relatório Final dos Trabalhos da CPMI “dos Correios” Volume I - Pág. 746)
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- ↑ http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/manual-ladroes-correios-ano-depois-novo-esquema-processo-arrastado-417563.shtml
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- ↑ Veja Online (Julho de 2008). Perguntas e respostas: recesso parlamentar. veja.abril.com.br. Página visitada em 20/9/2010.
- ↑ Hildegard Angel - R7.com (Setembro de 2011). Roberto Jefferson diz ao STF que Mensalão não existiu, não foi “fato”, foi “retórica”!. noticias.r7.com. Página visitada em 01/3/2012.
- ↑ Luiz Francisco Corrêa Barbosa (Setembro de 2011). Alegações finais de Roberto Jefferson. conjur.com.br. Página visitada em 01/3/2012.
- ↑ a b c d SOUZA, Antonio Fernando Barros e Silva de., Procurador Geral da República. Denúncia., Ministério Público Federal, 20 de novembro de 2007
- ↑ Veja os crimes que cada um dos denunciados no mensalão tucano são acusados. BOL Notíciias, Folha Online, 22 de novembro de 2007
- ↑ GALLUCCI, Mariângela. STF não pune autoridades e condenação no STJ chega a 1,5%. Agência Estado, in Revista Jurídica Netlegis, 6 de julho de 2007 19:59:31
- ↑ Investigação do valerioduto chega a secretário de Aécio. Folha Online 24 de novembro de 2007
- ↑ [26]
- ↑ A imprensa em questão, Alberto Dines
- ↑ Presidente do PSDB admite caixa dois e culpa assessor pelo esquema
- Depoimento do Deputado Roberto Jefferson para a CPMI dos Correios em 30 de Junho de 2005
[editar]Bibliografia
- Lucas Figueiredo, O Operador - como (e a mando de quem) Marcos Valério irrigou os cofres do PSDB e do PT, Record, 2006.
- Escrito por Weber M. Sardenberg
[editar]Ligações externas
- CPMI dos Correios (página oficial)
- Página do Senado Federal com a relação das CPI's em andamento, encerradas e aguardando instalação
- Livro: O Chefe, de Ivo Patarra.
- Blog do jornalista político Ricardo Noblat.
- Folha Online: CPI dos correios, CPI do "Mensalão" e Mesada no Congresso - coberturas especiais referentes ao escândalo do mensalão;
- [32] Página do diário paulistano O Estado de São Paulo dedicada a ambos os escândalos;
- [33] Sítio do diário carioca Jornal do Brasil;
- [34] Sítio do diário carioca O Globo - acesso restrito a assinantes;
- [35] Sítio da revista semanal Veja (o acesso à versão eletrônica das matérias é restrito a assinantes, mas há uma seção de "Notícias diárias" que oferece acesso gratuito irrestrito);
- [36] - Cobertura do Portal Terra sobre o escândalo, com textos, infográficos e vídeos;
- Suspeitas crescentes atingem ministro das Finanças de Lula, Semanário Econômico, 30 de Agosto de 2005
- Buratti diz ter levado empresário a Palocci Folha de S. Paulo, 28 de Agosto de 2005
- Comprovar propina a Palocci pode ser "fácil", diz Buratti, Folha de S. Paulo, 28 de Agosto de 2005
- Buratti deve renovar acusações a Palocci em CPI, Terra, 25/0/08/20058/2005
- Marcos Valério é suspeito de lavagem de dinheiro, O Estado de São Paulo, 25 de Julho de 2005
- José Adalberto Vieira da Silva é preso pela Polícia Federal Folha de S. Paulo, 9 de Julho de 2005
- Jefferson denuncia mesada paga pelo tesoureiro do PT, Folha de S. Paulo, 6 de Junho de 2005
- Íntegra da Denúncia. SOUZA, Antonio Fernando Barros e Silva de., Procurador Geral da República., Ministério Público Federal, 20 de novembro de 2007
- Procurador denuncia Mares Guia e Azeredo no mensalão mineiro. Tribuna Impressa, 23 de novembro de 2007
- O 'laboratório' do mensalão. Notas & Informações, O Estado de S. Paulo, 24 de novembro de 2007