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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Crise

Mercadante anuncia que vai renunciar à liderança do PT no Senado

Publicada em 20/08/2009 às 13h57m

Adriana Vasconcelos, Chico de Gois e Gerson Camarotti - O Globo; GloboNews TV

O senador Aloizio Mercadante (PT-SP)  - Gustavo Miranda / ArquivoBRASÍLIA - O líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), informou, por meio do Twitter, que fará um pronunciamento na tarde desta quinta-feira anunciando que deixará a liderança do partido. Mercadante ameaçou várias vezes renunciar ao cargo, mas a votação de quarta-feira no Conselho de Ética, que livrou o presidente do Senado , José Sarney (PMDB-AP), dos 11 pedidos de investigação, abriu uma crise sem precedentes na bancada do partido e fragilizou ainda mais sua posição como líder.

Em seguida, também no Twitter, Mercadante informou que recebeu uma ligação do ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, pedindo que ele esperasse para falar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes do pronunciamento, que, por isso, deve atrasar. Mas Mercadante garante que a decisão de deixar a liderança já está tomada, e que não voltará atrás se Lula pedir que fique.

Mais cedo, o líder do PT dissera que a decisão era irrevogável: "Eu subo hoje à tribuna para apresentar minha renúncia da liderança do PT em caráter irrevogável. Ao contrário dos que estão deixando o partido, saio da liderança para disputar, junto à militância, a concepção do PT que eu acredito", diz Mercadante em seu microblog.

" Ao contrário dos que estão deixando o partido, saio da liderança para disputar, junto à militância, a concepção do PT que eu acredito "

O senador já havia comunicado a decisão por telefone a alguns colegas de bancada, como Eduardo Suplicy (PT-SP) e Flávio Arns (PT-PR), que anunciou, na véspera, sua saída do partido .

- O senador Mercadante disse que estava saindo da liderança porque não concordava com os encaminhamentos do partido, no sentindo de arquivar os processos. E que isso fazia com que ele perdesse toda vontade de continuar como líder, e que ele continuaria na militância do partido, tentando recolocar o partido nos seus rumos - contou Flávio Arns, em entrevista à GloboNews TV.

Múcio diz que Mercadante é imprescindível para o governo

Diante da decisão de Mercadante de abandonar a liderança do PT, coube a Múcio fazer um afago no petista e tentar desmentir a interferência de Lula em questões do Senado. Segundo ele, Mercadante é imprescindível para o governo.

" O senador Aloizio Mercadante é imprescindível ao governo "

- Evidentemente que são problemas do PT. Nós só participamos quando somos convocados, ou convidados a participar. O senador Aloizio Mercadante é imprescindível ao governo, à República e à democracia - elogiou.

Múcio também minimizou a crise vivida pelo PT no Senado.

- Essas manifestações de insatisfações são naturais da democracia. Significa dizer que cada um, dentro do partido, pode ter seu posicionamento, suas opiniões. Tenho absoluta certeza de que este episódio será superado - afirmou.

O ministro negou que Lula tenha interferido nas questões do Senado, apesar de o próprio presidente ter convocado um jantar com a bancada petista da Casa para forçar os parlamentares a se posicionarem favoravelmente a Sarney.

- O presidente não está interferindo. Quem tem resolvido absolutamente tudo são os senadores do PT, que se reuniram. Membros do PT se reuniram para discutir o assunto. Se você me perguntar a que ponto foi a discussão, que pontos foram discutidos, eu não sei responder por que temos de respeitar porque isso é uma questão intramuros do partido. Mas o presidente não tem interferido. Evidentemente, como toda sociedade, o presidente também torce para que este episódio seja superado e a gente toque a vida - declarou.

Por ordem do Planalto, petistas ajudam a arquivar investigações

Na quarta-feira, a determinação do Planalto para que os senadores petistas votassem pelo arquivamento das denúncias contra Sarney isolou ainda mais Mercadante . Desautorizado desde o início, dentro e fora do partido, principalmente com interferência do líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), Mercadante defendeu o afastamento de Sarney, mas teve de engolir a palavra final do Planalto.

Além disso, num único dia, o PT perdeu dois senadores: Marina Silva (AC) e Flávio Arns. Pressionado pelo presidente Lula e pela cúpula do partido, Mercadante foi obrigado a dar explicações por ter exposto os senadores petistas no Conselho de Ética, ao se recusar a substituir Delcídio Amaral (PT-MS) e Ideli Salvatti (PT-SC) pelos senadores Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo, e Roberto Cavalcanti (PRB-PB). A troca já tinha a concordância dos dois petistas, que não escondiam o constrangimento.

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